Pessoal, quero compartilhar com vocês mais esse arquivo pessoal. Ela é de Brasília e tem mais de 12 livros publicados, estamos falando da Alessandra Roscoe.
1) De onde vem a inspiração para escrever tantos livros?
Do meu dia a dia, da minha rica convivência com muitas crianças, de um olhar atento a tudo que está em volta e também da maternidade!.
2) Você tem alguma outra atividade profissional além de escritora? Como essa atividade influência na sua escrita?
Sim, sou jornalista e brinco que até na profissão eu conto histórias, como jornalista, histórias de verdade de gente de verdade e na literatura posso inventar mundos e personagens.
3) Como surge a ideia de um tema?
Às vezes de uma situação que presencio, como um dia que minha filha acordou mal humorada e me inspirou a escrever A Fada Emburrada, ou quando meu filho caiu num prato de sopa e a babá que ajudava a cuidar dele disse que ele vivia bilé e que lá na terra dela bilé é tonto de sono. Na mesma hora tive a ideia de escrever uma história ressaltando a beleza e a diversidade da nossa cultura, dos regionalismos e escrevi O jacaré bilé, história de um jacaré nordestino que mora num açude no sertão do Ceará e que passa os dias bilé, pois não dorme a noite tentando comer a lua que ele jura ser uma tapioca gigante. Tem livro que nasce na fila de banco e até de madrugadas!. Ando sempre com um caderno na bolsa e às vezes anoto coisas que me espertam, que me intrigam, que me alegram, frases, palavras, cenas. Muitas viram histórias, livros, canções...
4) Seus personagens são inspirados em gente que você conhece?
A maioria sim, mas também adoro inventar, gosto de escrever sobre bichos e coisas!
5) Na sua opinião qual é a importância da literatura na vida das crianças?
A literatura faz toda diferença na vida de todos, não só das crianças, mas acho que a leitura desde o ventre e na primeira infância pode ativar sentidos e alimentar o imaginário dos pequenos, tornando-se mais que uma atividade prazerosa, um forte vínculo afetivo. Quem lê percebe o mundo com todas as suas nuances, consegue se enxergar no olhar do outro, alarga horizontes e possibilidades. Ler para uma criança é uma atitude de carinho, ler com uma criança é crescer com ela também na fantasia, é exercitar a imaginação, o sonho e fazer o real mais pleno também!
6)Você só escreve livros para crianças?
Escrevo principalmente para crianças, mas tenho livros para jovens e estou escrevendo um romance epistolar para adultos, amo as cartas e a ideia veio há um bom tempo venho amadurecendo a vontade de contar histórias em cartas.
7) Qual é seu passatempo preferido?
Tenho vários, adoro ler, ouvir música, ver filmes, cantar e curtir amigos. Sou também alucinada com água e sol! Adoro piscina e dias cheios de luz.
8) Quando você imagina um livro, já pensa no titulo também?
As vezes o titulo vem primeiro e fico pensando na histórias que o merecerá. Outra vezes depois da história toda pronta eu quebro a cabeça pra achar um título que seja legal e outras vezes ainda depois de tudo pronto, dá vontade de mudar o título e quando isso acontece parece que a história muda junto!
9)Você tem algum grande sonho em sua carreira? Qual?
Acho que o sonho de todo escritor, ilustrador, mediador de leitura: o sonho de ver o Brasil realmente se transformar num país leitor. Eu estou muito feliz com os caminhos que minha vida profissional vem tomando. Sempre falo que sou um exemplo de plano B que deu certo, não abandonei o jornalismo, mas estou muito mais dedicada aos livros às histórias inventadas. A literatura me trouxe vivências maravilhosas, amigos incríveis e um manancial de possibilidades artísticas em meu cotidiano que eu nem imaginava experimentar.
10) Você acha que os livros de papel vão acabar?
Não. Acho que a tecnologia, ao contrário do que alardeiam os pessimistas de plantão, pode até incentivar a proximidade de todos com os livros de papel. acho positivo poder ler com aplicativos em qualquer canto, ter clássicos e qualquer livro na palma da mão, mas o prazer de folhear um livro não tem prazo de validade determinado.
11) Você gosta de contar suas próprias histórias?
Adoro, descobrir que sou também contadora de histórias por conta das inúmeras visitas a escolas, bibliotecas e feiras literárias que faço. Nas conversas com as crianças e com professores percebo que o interesse vai além do que está no livro, muitos querem saber como surge o enredo, a inspiração, acabei incorporando às minhas falas um pouco das histórias de cada história. Passei a compor músicas para os livros e os personagens e tudo isso tem enriquecido muito meu contato com meu público leitor.
12) Qual foi o elogio mais bonitinho que ouviu de um leitor?
Numa escola em Porto Alegre, ganhei um abraço emocionado de uma menina de uns 5 anos, que me disse ter um segredo pra me confessar. No meu ouvido ela emocionada me agradeceu por fazê-la sonhar e acreditar em todos os sonhos! Fiquei muda, embargada e muito feliz!
13) Que mensagem gostaria de passar para os nossos internautas?
Acho que só o que quero mais e mais é dividir sempre a enorme alegria que a leitura literária me traz. Como dizia o grande escritor mineiro, Bartolomeu Campos de Queirós, "o que é bonito, a gente não consegue ver sozinho" e é por isso que quero poder dividir com o maior número possível de pessoas a felicidade que é desfrutar do prazer de ler, de brincar de ler, de ler simplesmente pela maravilha que é colecionar histórias!
Perguntinhas rápidas
a) Qual o livro mais marcante que você já leu até hoje?
Difícil demais essa pergunta, li muitos livros que me emocionaram muito e marcaram minha vida. Focada nos infantis devo dizer que Memórias de um cabo de vassoura do Orígenes Lessa, A vaca Voadora da Edy Lima, A fada que tinha ideias, da Fernanda Lopes de Almeida, além dos contos clássicos de Grimm foram livros que marcaram demais minha infância e foram fundamentais no meu início como leitora. Recentemente, Tom com texto e ilustrações de André Neves, Primeira Palavra, de Tino Freitas e Elvira Vigna e Léo e as caixas de música, do maestro Ricardo Prado, foram leituras que me comoveram.
b) Qual um escritor (a)/ poeta preferido?
Adoro muitos e muitas, mas pra citar só dois vou citar o grande poeta do mato Manoel de Barros, que ainda esta vivo e poetando e a super humorada Tatiana Belinky que do alto dos seus 94 anos ainda esbanja alegria e disposição para inventar histórias divertidas e encantadoras!
c) Uma música que você traz na lembrança?
Também são muitas, mas lembro-me com muito carinho da música A casa de Vinícius de Moraes, que uma prima mais velha tocava e cantava pra mim quando eu era bem pequena.
d) Um (a) cantor (a)/ banda que fez parte de sua histórias?
The Beatles
e) Um filme que te faz refletir?
Asas do desejo de Wim Wenders
f)Uma frase que traduza você?
Viver intensamente o agora!
g) Um sonho?
Poder semear leituras por este imenso Brasil numa kombi amarela recheada de livros e histórias!
O arquivo pessoal deste mês é com Salvador Barletta. Muito obrigada pela entrevista e simpatia.
1) Como você virou escritor?
Drummond, diz: "É preciso merecer a graça da escrita". Acredito que fui agraciado em perceber o mundo ao meu redor desde criança. Ficava no balanço feito de caixote de uvas preso na velha goiabeira da casa dos meus pais e balançar meus sonhos e inventar histórias. Queria ser astronauta. Talvez seja: vivo no mundo da Lua...da imaginação. Acredito que o incentivo de meus pais pelo gosto e prazer pela leitura tenha me influenciado. De fato não viramos escritor, e sim a escrita vem até nós, nos pede licença, nos faz graça e nos abraça.
2)Quando foi que você começou a escrever suas histórias?
Sempre gostei de poesia. Escrevia, desenhava e deixava guardado. Um dia na Universidade meu professor Luiz Ademir, que reunia poetas me convidou para participar de uma coletânea de poesias. Eis meu primeiro livro: Aves Ressentidas do Verde Mar.
3) Qual foi seu primeiro livro?
Uma coletânea de poesias: Aves Ressentidas do Verde Mar. Depois escrevi uma coleção de livros didáticos: A descoberta da Vida e a Descoberta da Cidadania. Meu primeiro livro literário foi o Balançando Sonhos em homenagem ao meu irmão mais velho que possui deficiência. Um livro que retrato a minha infância e falo da inclusão de forma poética possibilitando as crianças entrarem em contato com os contos literários: Branca de Neve, O Pequeno Príncipe, etc.. Depois escrevi o Olhar de Pincel, O Castelo do Sr. Hildson (selecionado pelo FNLJ). Escrevi outras coleções de didáticos e novos literários. Tenho também CD de música para crianças e escrevi roteiro para um programa de TV.
4)Como surge a ideia de um tema?
Não penso em um tema específico. A história vem, toma conta de mim e nasce.
5) O que inspira você a criar?
Meu mundo, as crianças, meus filhos, minha família, amigos, as pessoas, as pequenas e grandes ações, a simplicidade. Gosto do óbvio. Onde muitas vezes passamos batidos é o que me inspira. A sutileza do olhar, uma borboleta que voa livremente, alguém apressado na rua...A vida é uma inspiração com alegrias, tristezas, conquistas, derrotas, perdas...
6)O que é mais divertido em seu trabalho?
Gostar do que fazemos é prazeroso. A escrita é um ato solitário. A solidão tem seus encantos. O divertido a depender da narrativa deixo por conta das personagens.
7) O que é mais difícil na vida de um escritor?
Como qualquer ser humano passamos por altos e baixos, choramos, sorrimos, perdemos, amadurecemos. Qualquer trabalho é digno. Basta gosta! Ter prazer. Como nos diz Nietzsche: "somos demasiadamente humanos".
8)Seus personagens são inspirados em gente que você conhece?
O Balançado Sonhos, por exemplo, foi inspirado em meu irmão e na infância feliz que tive. Meu universo infantil contado pelo imaginário, pela poética escrita, pelos singelos movimentos que a escrita proporciona. O nosso mundo nos influência a ter momentos de felicidade ou não. Depende de nós! Já O ABC dos Sentimentos a ser lançado pela África.com Edições foi inspirado em todas as crianças, suas diversidades, frutos da minha observação para o movimento infantil.
9)Como você começa a escreve um livro? Você faz rascunhos à mão ou no computador? Tem algum lugar especial?
Algumas histórias ficam martelando na meu cérebro até o momento de existir e ficam lá (rs). Outras saem como foguete. As vezes anoto em qualquer pedaço de papel. Para variar perco (rs), mas ela (a história) fica lá guardada dentro de mim. o computador é um forte aliado. Tecnologia é tudo. Praticamente levo um laptop na mochila. Então já sabe!
10) Como é o seu processo após a conclusão de um livro. Você revisita o seu texto? De que maneira?
Sim. Leio, releio e depois envio para alguém revisar. O olhar do revisor, do(a) editor(a) também dão vida e movimento ao texto. Na verdade depois que escrevemos a história não te pertence mais. É do mundo, da vida, do leitor e se transforma em outras histórias a depender do olhar de quem lê. Esse é o barato. A Escrita voa...ganha asas e mesmo parada, sempre haverá alguém para lhe dar movimentos. As histórias contadas de boca a boca são livros vivos, lindos e com cheiro de cultura. lemos o mundo, contamos histórias sempre ao acordar, dormir e sonhar. Sejam sonhos sonhados, inventados, sonho... sonho...
11)Que mensagem você gostaria de passar para os nossos internautas?
Que leiam a vida. Leiam seu próprio mundo. Leia o escrito, o falado. Hoje temos muita informação. Tudo é muito rápido! Precisamos construir conhecimentos sólidos. Precisamos merecer mais graça da escrita e da leitura em nossas vidas. Precisamos olhar a vida com mais simplicidade com o olhar para o novo sem desmerecer toda uma história, uma vida em curso.
11) Qual dos seus livros você indicaria para os leitores do Fábrica de Contos...
Pergunta meio suspeita (rs). Vamos lá! Balançando Sonhos, O olhar de Pincel, O Castelo do Sr. Hildson da Editora do Brasil. O ABC dos Sentimentos e Tarsila do Amaral: Duas Histórias, dois reinos e uma só princesa, que logo, logo estará nas livrarias da África.com Edições.
Perguntinhas rápidas
a) Qual o livro mais marcante que você já leu até hoje?
Um livro sempre te marca. Depende da época, da sua vida, da sua formação. Na adolescência, por exemplo, Memórias Póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis me marcou muito.
b) Qual um escritor(a)/ poeta preferido?
Gosto de Drummond, do Fernando Pessoa, do Machado de Assis, da Cora Coralina, do Manuel de Barros, dos clássicos...Tudo depende do meu movimento de vida.
c) Um música que você traz na lembrança?
Não tenho música específica em minha lembrança. Carta para um ator de Milton Nascimento, por exemplo, é linda e forte. A Tropicália, a Bossa Nova foram movimentos que fizeram parte de minha história, do meu universo musical, das minhas vivências. Piaf, óperas, Chico Buarque (lindo!), Gil...o rock e outros gêneros. Ouvir esses repertórios é muito bacana...daí várias lembranças, várias músicas, várias vivências...mundos! Uma música conta uma história ou várias vertentes e tantas músicas fazem em cada um movimentos.
d) Um(a) cantor/ banda que fez parte de sua histórias?
A música também conta uma história. Ela faz parte da vida. Esta em tudo! Vários compositores(as), cantores(a) ainda fazem parte do meu caminhar. Vivo os momentos. Ouço músicas e a musicalidade da vida!
e) Um filme que te faz refletir?
Todo bom filme acrescenta, te tira do prumo, assim como um bom livro. Posso refletir Romeu e Julieta, O bicho de Sete Cabeças, Meu Pé Esquerdo, O Piano...depende do momento.
f) Uma frase que traduza você?
"Não devemos ter medo de perder, para não perder de ganhar". Tem outra que gosto bastante: "Menos é mais"!.
g) Um sonho?
Sonhar sonhos sonhados, sonhar sonhos inventados, ver meus filhos sorrindo, escrever ou rabiscar sonhos em qualquer recursos ou suporte.
Mais um arquivo pessoal que este mês esta recheado de muitas histórias. Agradecemos ao Tino Freitas, escritor, jornalista, músico e integrante do Grupo Roedores de Livros - Uffa!!!. É um prazer entrevistá-lo no blog. Agradecemos pela gentileza de responder às perguntas.
1) Conte um pouco sobre a sua história, sua carreira...
Sou músico de coração, jornalista de profissão e escritor por convicção. Em 1999 saí de Fortaleza (CE) e vim morar em Brasília onde frutificou a minha relação com a Literatura Infantil através do trabalho no projeto Roedores de Livros. Esse contato com crianças, no projeto, me instigou a criar minhas histórias e tentar publicá-las. Em 2009 publiquei meu primeiro livro e desde então não parei mais.
2) Quantos livros você tem publicados? Quais são?
Até o momento (julho, 2012) tenho seis livros publicados. Cadê o Juízo do Menino? e Controle Remoto, ambos publicados pela Manati, com ilustrações de Mariana Massarani; Brasília de A a Z (Ilustração Kleber Sales, Salesiana); Os Três Porquinhos de Porcelana (Ilustração Walther Moreira Santos, Melhoramentos); Quem quer Brincar Comigo? (Ilustração Ivan Zigg, Abacatte) e Primeira Palavra (Ilustração Elvira Vigna, Abacatte).
3) Você só escreve livros para crianças?
Escrevo livros que cultivam a infância do leito; seja ele criança, jovem ou adulto. Não acredito em outras classificações para a Literatura senão a Boa Literatura ou a Má Literatura.
4) Quando era pequeno, pensava em ser o que?
Apenas ser feliz.
5) Quais foram seus livros preferidos na infância?
A Pequena Vendedora de Fósforos (Andersen) e toda a Coleção TABA.
6) Quanto tempo você leva para escrever um livro?
Impossível quantificar a criação em um tempo exato. cada livro tem/ necessita de dedicação. O que não significa que o que demorou mais é melhor que o que demorou menos. Já escrevi histórias em 15 dias e as achei prontas; já passei quase dois anos para terminar uma história com 16 frases.
7) Você já imagina os desenhos na hora em que escreve...ou isso fica por conta da editora?
Penso sim, muito no PROJETO do livro quando estou criando; quantas páginas, qual o formato, que ilustrador poderia compor melhor aquela história. Mas nunca no desenho. Confio plenamente nos meus parceiros; tenho sido retribuído com ideias supimpas nas ilustrações dos meus livros.
8) Como você faz para dar títulos para os seus livros?
Embora sempre tenha uma ideia esboçada para o título, sempre o defino depois que a história termina. As vezes bem depois. As vezes fico em conflito comigo mesmo sobre se deveria ou não usar o artigo antes do título, ou não. Mas, de uma forma geral, não tenho um método para escolher os títulos, nem muitas dificuldades em escolhê-lo.
10) Qual autor lhe influenciou e inspirou para a escrita?
Sou fã incondicional de Sylvia Orthof.
11) Tem algum momento especial ou divertido de sua carreira para contar?
Embora ainda jovem nesse ofício, coleciono alguns momentos importantes; mas são bem íntimos. E citar um pode parecer desmerecer os outros.
12) Que mensagem você gostaria de passar para os nossos internautas?
Na próxima vez que entrarem numa livraria, vão à seção de Literatura Infantil e não se intimidem: escolham im livro, outro, mais um...descubram que apesar do rótulo de "infantil", há muita gente escrevendo livros ilustrados com uma competência absurda, criando obras capazes de emocionar a criança que certamente está viva em seu coração.
Algumas perguntinhas rápidas
a) Qual o livro mais marcante que você já leu?
A Pequena Vendedora de Fósforos (Andersen)
b) Qual um escritor (a)/ poeta preferido?
Sylvia Orthof
c) Uma música que você traz na lembrança?
Cinto de Inutilidades (Nelson Motta)
d) Um (a) Cantor (a)/ Banda que fez parte de sua história?
Legião Urbana
e) Um filme que te faz refletir?
Forest Gump
f) Uma frase que traduza você?
Não sei
g) Um sonho?
Muitos
Arquivo pessoal com as autoras da Coleção Faça Seu Mundo Melhor. Vamos apresentar cada livro da coleção nas nossas postagem. Confira essa deliciosa entrevista concedida ao blog. A Roberta e a Ruth são muito fofas, amáveis e hiper simpáticas. Mais uma vez quero agradecer as duas pela gentileza e pelo tempo cedido para nos prestigiar.
Perguntas:
1) De onde veio a inspiração e o porque da necessidade de
escrever a coleção "Faça seu Mundo Melhor"?
Roberta e Ruth:
Surgiu do desejo de levar às crianças e jovens informações
sobre como elas podem fazer o próprio mundo melhor, lidando de forma mais leve com
a vida. Pensamos que as pessoas, em geral, não aprendem a lidar com conflitos e
questões difíceis pelas quais passam como: dificuldades nos relacionamentos,
problemas familiares, questões de baixa autoestima, dentre outros. E, com isso,
podem se tornar pais sem recursos internos para ajudar seus filhos a lidarem
com as questões difíceis pelas quais podem passar na infância e adolescência.
Acreditamos, então, que a Coleção é muito mais que um
conjunto de livros, e sim um excelente instrumento de desenvolvimento mental e
emocional. Trabalha a eliminação de
crenças negativas e bloqueios mentais, auxiliando os adultos, pais,
responsáveis, professores e profissionais que lidam com as crianças e jovens a
mostrar a eles como passar por situações de sofrimento emocional de forma mais
fácil e leve.
Todos os livros trazem uma proposta bem simples, porque
instrumentos eficientes de mudança devem ser simples, para que possam ser
utilizados por qualquer pessoa. E é acessível, para que todos aqueles que
desejam se tornar seres humanos melhores possam dela se beneficiar.
2) O que é preciso para fazer o mundo melhor e como cada livro pode ajudar nisso?
Roberta e Ruth:
Para fazer um mundo melhor em que haja amor, paz, harmonia,
prosperidade e saúde para todos precisamos sair do discurso e passar à ação. Um
mundo melhor se constrói com pessoas que se fazem cada vez melhores a cada dia:
em casa, na relação com a família, na escola, no trabalho, no trânsito, no
supermercado, nas filas… Na vida.
Todos os seis livros da Coleção trazem essa mensagem, de
forma lúdica para alcançar o coração das crianças e jovens (e adultos também!).
3) Vocês gostam de ler? Sempre tiveram esse hábito ou
adquiriram com o tempo?
Roberta: sim, eu adoro ler e sempre tive esse hábito. Desde
criança gosto muito de ler historias, poesias e sempre fui incentivada a
fazê-lo.
Ruth: sim. Adquiri o hábito ainda criança.
4) Na opinião de vocês, qual e a importância da literatura
na vida das pessoas?
Roberta e Ruth:
A literatura estimula o imaginário das pessoas, as leva a
vivenciar situações diferentes e muitas vezes inusitadas e também a vivenciar
suas próprias questões através dos personagens. No caso das crianças, os livros
que tratam de valores e trazem mensagens positivas podem ajudá-las a viver de
forma mais saudável, fazendo escolhas melhores para suas próprias vidas. Ter o hábito da leitura em casa com os pais e a família cria memórias afetivas muito positivas e é na infância que criamos a base de nossas crenças e valores. Por isso a importância dos livros infantis: elas acompanham o cotidiano das crianças e influenciam suas vidas.
5) Sabemos que publicar livros no Brasil é bem difícil...Qual foi a maior dificuldade?
Roberta e Ruth:
Na verdade não acreditamos em dificuldades, e sim em desafios. Então o maior desafio foi acreditar que seria possível. No desenvolvimento de cada livro aprendemos muito e, acima de tudo, que é possível realizar aquilo que desejamos.
6) Quando estão escrevendo um livro partilham a história com alguém para se aconselharem, por exemplo um amigo ou familiar?
Roberta e Ruth:
Temos uma consultora, a psicóloga Márcia Regina de Avellar Fonseca. Conversamos com ela sobre os pressupostos do trabalho,a filosofia de vida que desejamos passar nos livros, conversamos a respeito das ilustrações, enfim ela acompanha todo o processo.
7) Vocês já se depararam com alguém lendo o livro escrito por vocês, por exemplo no shopping, lugar público, escola? qual a sensação?
Roberta e Ruth:
Já vimos pessoas lendo nossos livros em livraria. Além disso, pais, responsáveis, professores já vieram falar conosco sobre o nosso trabalho e como tem influenciado a vida das crianças com quem convivem. É muito gratificante saber dos resultados positivos do nosso trabalho, que foi desenvolvido com muito carinho e amor.
8) O que inspira vocês a escrever?
Roberta e Ruth:
A vontade de difundir informações que possam fazer a diferença na vida das pessoas para que elas encontrem dentro de si recursos para serem mais felizes e tornarem o mundo melhor.
9) Quando e como vocês viraram escritoras?
Roberta e Ruth:
Já escrevíamos antes de nos conhecer. Fomos apresentadas pela consultora da Coleção, a Márcia, e desde então formamos uma parceria em que uma completa o trabalho da outra.
Para finalizar gostaria de um resumo com perguntinhas rápidas
a) Qual o livro mais marcante que você já leu até hoje?
Roberta: Londe é um lugar que não existe, Richard Bach
Ruth: Pollyana, Eleanor H. Poter
b) Qual um escritor (a)/ poeta preferido?
Roberta: Antoine de Saint-Exupéry
Ruth: Louise Hay
c) Uma música que você traz na lembrança?
Roberta: Dia Branco, Geraldo Azevedo
Ruth: Um dia perfeito, Tato, Falamansa
d)Um (a)cantor (a)/ Banda que fez parte de sua história?
Roberta: Balão Mágico
Ruth: Foram muitos
e) Um filme que te faz refletir?
Roberta: Horton e o mundo dos Quem; Kung Fu Panda
Ruth: Monstros S.A.
f) Um frase que traduza você?
Roberta: Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos (Antoine de Saint-Exupéry)
Ruth: O segredo é não correr atrás dad borboletas...É cuidar do jardim para que elas venham até você (Mário Quintada)
g) Um sonho coletivo?
Roberta e Ruth: Um mundo melhor, com pessoas que se fazem melhores a cada dia.
1) De onde vem a inspiração para escrever tantos livros?
Do meu dia a dia, da minha rica convivência com muitas crianças, de um olhar atento a tudo que está em volta e também da maternidade!.
2) Você tem alguma outra atividade profissional além de escritora? Como essa atividade influência na sua escrita?
Sim, sou jornalista e brinco que até na profissão eu conto histórias, como jornalista, histórias de verdade de gente de verdade e na literatura posso inventar mundos e personagens.
3) Como surge a ideia de um tema?
Às vezes de uma situação que presencio, como um dia que minha filha acordou mal humorada e me inspirou a escrever A Fada Emburrada, ou quando meu filho caiu num prato de sopa e a babá que ajudava a cuidar dele disse que ele vivia bilé e que lá na terra dela bilé é tonto de sono. Na mesma hora tive a ideia de escrever uma história ressaltando a beleza e a diversidade da nossa cultura, dos regionalismos e escrevi O jacaré bilé, história de um jacaré nordestino que mora num açude no sertão do Ceará e que passa os dias bilé, pois não dorme a noite tentando comer a lua que ele jura ser uma tapioca gigante. Tem livro que nasce na fila de banco e até de madrugadas!. Ando sempre com um caderno na bolsa e às vezes anoto coisas que me espertam, que me intrigam, que me alegram, frases, palavras, cenas. Muitas viram histórias, livros, canções...
4) Seus personagens são inspirados em gente que você conhece?
A maioria sim, mas também adoro inventar, gosto de escrever sobre bichos e coisas!
5) Na sua opinião qual é a importância da literatura na vida das crianças?
A literatura faz toda diferença na vida de todos, não só das crianças, mas acho que a leitura desde o ventre e na primeira infância pode ativar sentidos e alimentar o imaginário dos pequenos, tornando-se mais que uma atividade prazerosa, um forte vínculo afetivo. Quem lê percebe o mundo com todas as suas nuances, consegue se enxergar no olhar do outro, alarga horizontes e possibilidades. Ler para uma criança é uma atitude de carinho, ler com uma criança é crescer com ela também na fantasia, é exercitar a imaginação, o sonho e fazer o real mais pleno também!
6)Você só escreve livros para crianças?
Escrevo principalmente para crianças, mas tenho livros para jovens e estou escrevendo um romance epistolar para adultos, amo as cartas e a ideia veio há um bom tempo venho amadurecendo a vontade de contar histórias em cartas.
7) Qual é seu passatempo preferido?
Tenho vários, adoro ler, ouvir música, ver filmes, cantar e curtir amigos. Sou também alucinada com água e sol! Adoro piscina e dias cheios de luz.
8) Quando você imagina um livro, já pensa no titulo também?
As vezes o titulo vem primeiro e fico pensando na histórias que o merecerá. Outra vezes depois da história toda pronta eu quebro a cabeça pra achar um título que seja legal e outras vezes ainda depois de tudo pronto, dá vontade de mudar o título e quando isso acontece parece que a história muda junto!
9)Você tem algum grande sonho em sua carreira? Qual?
Acho que o sonho de todo escritor, ilustrador, mediador de leitura: o sonho de ver o Brasil realmente se transformar num país leitor. Eu estou muito feliz com os caminhos que minha vida profissional vem tomando. Sempre falo que sou um exemplo de plano B que deu certo, não abandonei o jornalismo, mas estou muito mais dedicada aos livros às histórias inventadas. A literatura me trouxe vivências maravilhosas, amigos incríveis e um manancial de possibilidades artísticas em meu cotidiano que eu nem imaginava experimentar.
10) Você acha que os livros de papel vão acabar?
Não. Acho que a tecnologia, ao contrário do que alardeiam os pessimistas de plantão, pode até incentivar a proximidade de todos com os livros de papel. acho positivo poder ler com aplicativos em qualquer canto, ter clássicos e qualquer livro na palma da mão, mas o prazer de folhear um livro não tem prazo de validade determinado.
11) Você gosta de contar suas próprias histórias?
Adoro, descobrir que sou também contadora de histórias por conta das inúmeras visitas a escolas, bibliotecas e feiras literárias que faço. Nas conversas com as crianças e com professores percebo que o interesse vai além do que está no livro, muitos querem saber como surge o enredo, a inspiração, acabei incorporando às minhas falas um pouco das histórias de cada história. Passei a compor músicas para os livros e os personagens e tudo isso tem enriquecido muito meu contato com meu público leitor.
12) Qual foi o elogio mais bonitinho que ouviu de um leitor?
Numa escola em Porto Alegre, ganhei um abraço emocionado de uma menina de uns 5 anos, que me disse ter um segredo pra me confessar. No meu ouvido ela emocionada me agradeceu por fazê-la sonhar e acreditar em todos os sonhos! Fiquei muda, embargada e muito feliz!
13) Que mensagem gostaria de passar para os nossos internautas?
Acho que só o que quero mais e mais é dividir sempre a enorme alegria que a leitura literária me traz. Como dizia o grande escritor mineiro, Bartolomeu Campos de Queirós, "o que é bonito, a gente não consegue ver sozinho" e é por isso que quero poder dividir com o maior número possível de pessoas a felicidade que é desfrutar do prazer de ler, de brincar de ler, de ler simplesmente pela maravilha que é colecionar histórias!
Perguntinhas rápidas
a) Qual o livro mais marcante que você já leu até hoje?
Difícil demais essa pergunta, li muitos livros que me emocionaram muito e marcaram minha vida. Focada nos infantis devo dizer que Memórias de um cabo de vassoura do Orígenes Lessa, A vaca Voadora da Edy Lima, A fada que tinha ideias, da Fernanda Lopes de Almeida, além dos contos clássicos de Grimm foram livros que marcaram demais minha infância e foram fundamentais no meu início como leitora. Recentemente, Tom com texto e ilustrações de André Neves, Primeira Palavra, de Tino Freitas e Elvira Vigna e Léo e as caixas de música, do maestro Ricardo Prado, foram leituras que me comoveram.
b) Qual um escritor (a)/ poeta preferido?
Adoro muitos e muitas, mas pra citar só dois vou citar o grande poeta do mato Manoel de Barros, que ainda esta vivo e poetando e a super humorada Tatiana Belinky que do alto dos seus 94 anos ainda esbanja alegria e disposição para inventar histórias divertidas e encantadoras!
c) Uma música que você traz na lembrança?
Também são muitas, mas lembro-me com muito carinho da música A casa de Vinícius de Moraes, que uma prima mais velha tocava e cantava pra mim quando eu era bem pequena.
d) Um (a) cantor (a)/ banda que fez parte de sua histórias?
The Beatles
e) Um filme que te faz refletir?
Asas do desejo de Wim Wenders
f)Uma frase que traduza você?
Viver intensamente o agora!
g) Um sonho?
Poder semear leituras por este imenso Brasil numa kombi amarela recheada de livros e histórias!
O arquivo pessoal deste mês é com Salvador Barletta. Muito obrigada pela entrevista e simpatia.
1) Como você virou escritor?
Drummond, diz: "É preciso merecer a graça da escrita". Acredito que fui agraciado em perceber o mundo ao meu redor desde criança. Ficava no balanço feito de caixote de uvas preso na velha goiabeira da casa dos meus pais e balançar meus sonhos e inventar histórias. Queria ser astronauta. Talvez seja: vivo no mundo da Lua...da imaginação. Acredito que o incentivo de meus pais pelo gosto e prazer pela leitura tenha me influenciado. De fato não viramos escritor, e sim a escrita vem até nós, nos pede licença, nos faz graça e nos abraça.
2)Quando foi que você começou a escrever suas histórias?
Sempre gostei de poesia. Escrevia, desenhava e deixava guardado. Um dia na Universidade meu professor Luiz Ademir, que reunia poetas me convidou para participar de uma coletânea de poesias. Eis meu primeiro livro: Aves Ressentidas do Verde Mar.
3) Qual foi seu primeiro livro?
Uma coletânea de poesias: Aves Ressentidas do Verde Mar. Depois escrevi uma coleção de livros didáticos: A descoberta da Vida e a Descoberta da Cidadania. Meu primeiro livro literário foi o Balançando Sonhos em homenagem ao meu irmão mais velho que possui deficiência. Um livro que retrato a minha infância e falo da inclusão de forma poética possibilitando as crianças entrarem em contato com os contos literários: Branca de Neve, O Pequeno Príncipe, etc.. Depois escrevi o Olhar de Pincel, O Castelo do Sr. Hildson (selecionado pelo FNLJ). Escrevi outras coleções de didáticos e novos literários. Tenho também CD de música para crianças e escrevi roteiro para um programa de TV.
4)Como surge a ideia de um tema?
Não penso em um tema específico. A história vem, toma conta de mim e nasce.
5) O que inspira você a criar?
Meu mundo, as crianças, meus filhos, minha família, amigos, as pessoas, as pequenas e grandes ações, a simplicidade. Gosto do óbvio. Onde muitas vezes passamos batidos é o que me inspira. A sutileza do olhar, uma borboleta que voa livremente, alguém apressado na rua...A vida é uma inspiração com alegrias, tristezas, conquistas, derrotas, perdas...
6)O que é mais divertido em seu trabalho?
Gostar do que fazemos é prazeroso. A escrita é um ato solitário. A solidão tem seus encantos. O divertido a depender da narrativa deixo por conta das personagens.
7) O que é mais difícil na vida de um escritor?
Como qualquer ser humano passamos por altos e baixos, choramos, sorrimos, perdemos, amadurecemos. Qualquer trabalho é digno. Basta gosta! Ter prazer. Como nos diz Nietzsche: "somos demasiadamente humanos".
8)Seus personagens são inspirados em gente que você conhece?
O Balançado Sonhos, por exemplo, foi inspirado em meu irmão e na infância feliz que tive. Meu universo infantil contado pelo imaginário, pela poética escrita, pelos singelos movimentos que a escrita proporciona. O nosso mundo nos influência a ter momentos de felicidade ou não. Depende de nós! Já O ABC dos Sentimentos a ser lançado pela África.com Edições foi inspirado em todas as crianças, suas diversidades, frutos da minha observação para o movimento infantil.
9)Como você começa a escreve um livro? Você faz rascunhos à mão ou no computador? Tem algum lugar especial?
Algumas histórias ficam martelando na meu cérebro até o momento de existir e ficam lá (rs). Outras saem como foguete. As vezes anoto em qualquer pedaço de papel. Para variar perco (rs), mas ela (a história) fica lá guardada dentro de mim. o computador é um forte aliado. Tecnologia é tudo. Praticamente levo um laptop na mochila. Então já sabe!
10) Como é o seu processo após a conclusão de um livro. Você revisita o seu texto? De que maneira?
Sim. Leio, releio e depois envio para alguém revisar. O olhar do revisor, do(a) editor(a) também dão vida e movimento ao texto. Na verdade depois que escrevemos a história não te pertence mais. É do mundo, da vida, do leitor e se transforma em outras histórias a depender do olhar de quem lê. Esse é o barato. A Escrita voa...ganha asas e mesmo parada, sempre haverá alguém para lhe dar movimentos. As histórias contadas de boca a boca são livros vivos, lindos e com cheiro de cultura. lemos o mundo, contamos histórias sempre ao acordar, dormir e sonhar. Sejam sonhos sonhados, inventados, sonho... sonho...
11)Que mensagem você gostaria de passar para os nossos internautas?
Que leiam a vida. Leiam seu próprio mundo. Leia o escrito, o falado. Hoje temos muita informação. Tudo é muito rápido! Precisamos construir conhecimentos sólidos. Precisamos merecer mais graça da escrita e da leitura em nossas vidas. Precisamos olhar a vida com mais simplicidade com o olhar para o novo sem desmerecer toda uma história, uma vida em curso.
11) Qual dos seus livros você indicaria para os leitores do Fábrica de Contos...
Pergunta meio suspeita (rs). Vamos lá! Balançando Sonhos, O olhar de Pincel, O Castelo do Sr. Hildson da Editora do Brasil. O ABC dos Sentimentos e Tarsila do Amaral: Duas Histórias, dois reinos e uma só princesa, que logo, logo estará nas livrarias da África.com Edições.
Perguntinhas rápidas
a) Qual o livro mais marcante que você já leu até hoje?
Um livro sempre te marca. Depende da época, da sua vida, da sua formação. Na adolescência, por exemplo, Memórias Póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis me marcou muito.
b) Qual um escritor(a)/ poeta preferido?
Gosto de Drummond, do Fernando Pessoa, do Machado de Assis, da Cora Coralina, do Manuel de Barros, dos clássicos...Tudo depende do meu movimento de vida.
c) Um música que você traz na lembrança?
Não tenho música específica em minha lembrança. Carta para um ator de Milton Nascimento, por exemplo, é linda e forte. A Tropicália, a Bossa Nova foram movimentos que fizeram parte de minha história, do meu universo musical, das minhas vivências. Piaf, óperas, Chico Buarque (lindo!), Gil...o rock e outros gêneros. Ouvir esses repertórios é muito bacana...daí várias lembranças, várias músicas, várias vivências...mundos! Uma música conta uma história ou várias vertentes e tantas músicas fazem em cada um movimentos.
d) Um(a) cantor/ banda que fez parte de sua histórias?
A música também conta uma história. Ela faz parte da vida. Esta em tudo! Vários compositores(as), cantores(a) ainda fazem parte do meu caminhar. Vivo os momentos. Ouço músicas e a musicalidade da vida!
e) Um filme que te faz refletir?
Todo bom filme acrescenta, te tira do prumo, assim como um bom livro. Posso refletir Romeu e Julieta, O bicho de Sete Cabeças, Meu Pé Esquerdo, O Piano...depende do momento.
f) Uma frase que traduza você?
"Não devemos ter medo de perder, para não perder de ganhar". Tem outra que gosto bastante: "Menos é mais"!.
g) Um sonho?
Sonhar sonhos sonhados, sonhar sonhos inventados, ver meus filhos sorrindo, escrever ou rabiscar sonhos em qualquer recursos ou suporte.
Mais um arquivo pessoal que este mês esta recheado de muitas histórias. Agradecemos ao Tino Freitas, escritor, jornalista, músico e integrante do Grupo Roedores de Livros - Uffa!!!. É um prazer entrevistá-lo no blog. Agradecemos pela gentileza de responder às perguntas.
1) Conte um pouco sobre a sua história, sua carreira...
Sou músico de coração, jornalista de profissão e escritor por convicção. Em 1999 saí de Fortaleza (CE) e vim morar em Brasília onde frutificou a minha relação com a Literatura Infantil através do trabalho no projeto Roedores de Livros. Esse contato com crianças, no projeto, me instigou a criar minhas histórias e tentar publicá-las. Em 2009 publiquei meu primeiro livro e desde então não parei mais.
2) Quantos livros você tem publicados? Quais são?
Até o momento (julho, 2012) tenho seis livros publicados. Cadê o Juízo do Menino? e Controle Remoto, ambos publicados pela Manati, com ilustrações de Mariana Massarani; Brasília de A a Z (Ilustração Kleber Sales, Salesiana); Os Três Porquinhos de Porcelana (Ilustração Walther Moreira Santos, Melhoramentos); Quem quer Brincar Comigo? (Ilustração Ivan Zigg, Abacatte) e Primeira Palavra (Ilustração Elvira Vigna, Abacatte).
3) Você só escreve livros para crianças?
Escrevo livros que cultivam a infância do leito; seja ele criança, jovem ou adulto. Não acredito em outras classificações para a Literatura senão a Boa Literatura ou a Má Literatura.
4) Quando era pequeno, pensava em ser o que?
Apenas ser feliz.
5) Quais foram seus livros preferidos na infância?
A Pequena Vendedora de Fósforos (Andersen) e toda a Coleção TABA.
6) Quanto tempo você leva para escrever um livro?
Impossível quantificar a criação em um tempo exato. cada livro tem/ necessita de dedicação. O que não significa que o que demorou mais é melhor que o que demorou menos. Já escrevi histórias em 15 dias e as achei prontas; já passei quase dois anos para terminar uma história com 16 frases.
7) Você já imagina os desenhos na hora em que escreve...ou isso fica por conta da editora?
Penso sim, muito no PROJETO do livro quando estou criando; quantas páginas, qual o formato, que ilustrador poderia compor melhor aquela história. Mas nunca no desenho. Confio plenamente nos meus parceiros; tenho sido retribuído com ideias supimpas nas ilustrações dos meus livros.
8) Como você faz para dar títulos para os seus livros?
Embora sempre tenha uma ideia esboçada para o título, sempre o defino depois que a história termina. As vezes bem depois. As vezes fico em conflito comigo mesmo sobre se deveria ou não usar o artigo antes do título, ou não. Mas, de uma forma geral, não tenho um método para escolher os títulos, nem muitas dificuldades em escolhê-lo.
10) Qual autor lhe influenciou e inspirou para a escrita?
Sou fã incondicional de Sylvia Orthof.
11) Tem algum momento especial ou divertido de sua carreira para contar?
Embora ainda jovem nesse ofício, coleciono alguns momentos importantes; mas são bem íntimos. E citar um pode parecer desmerecer os outros.
12) Que mensagem você gostaria de passar para os nossos internautas?
Na próxima vez que entrarem numa livraria, vão à seção de Literatura Infantil e não se intimidem: escolham im livro, outro, mais um...descubram que apesar do rótulo de "infantil", há muita gente escrevendo livros ilustrados com uma competência absurda, criando obras capazes de emocionar a criança que certamente está viva em seu coração.
Algumas perguntinhas rápidas
a) Qual o livro mais marcante que você já leu?
A Pequena Vendedora de Fósforos (Andersen)
b) Qual um escritor (a)/ poeta preferido?
Sylvia Orthof
c) Uma música que você traz na lembrança?
Cinto de Inutilidades (Nelson Motta)
d) Um (a) Cantor (a)/ Banda que fez parte de sua história?
Legião Urbana
e) Um filme que te faz refletir?
Forest Gump
f) Uma frase que traduza você?
Não sei
g) Um sonho?
Muitos
Arquivo pessoal com as autoras da Coleção Faça Seu Mundo Melhor. Vamos apresentar cada livro da coleção nas nossas postagem. Confira essa deliciosa entrevista concedida ao blog. A Roberta e a Ruth são muito fofas, amáveis e hiper simpáticas. Mais uma vez quero agradecer as duas pela gentileza e pelo tempo cedido para nos prestigiar.
Perguntas:
1) De onde veio a inspiração e o porque da necessidade de
escrever a coleção "Faça seu Mundo Melhor"?
Roberta e Ruth:
Surgiu do desejo de levar às crianças e jovens informações
sobre como elas podem fazer o próprio mundo melhor, lidando de forma mais leve com
a vida. Pensamos que as pessoas, em geral, não aprendem a lidar com conflitos e
questões difíceis pelas quais passam como: dificuldades nos relacionamentos,
problemas familiares, questões de baixa autoestima, dentre outros. E, com isso,
podem se tornar pais sem recursos internos para ajudar seus filhos a lidarem
com as questões difíceis pelas quais podem passar na infância e adolescência.
Acreditamos, então, que a Coleção é muito mais que um
conjunto de livros, e sim um excelente instrumento de desenvolvimento mental e
emocional. Trabalha a eliminação de
crenças negativas e bloqueios mentais, auxiliando os adultos, pais,
responsáveis, professores e profissionais que lidam com as crianças e jovens a
mostrar a eles como passar por situações de sofrimento emocional de forma mais
fácil e leve.
Todos os livros trazem uma proposta bem simples, porque
instrumentos eficientes de mudança devem ser simples, para que possam ser
utilizados por qualquer pessoa. E é acessível, para que todos aqueles que
desejam se tornar seres humanos melhores possam dela se beneficiar.
2) O que é preciso para fazer o mundo melhor e como cada livro pode ajudar nisso?
Roberta e Ruth:
2) O que é preciso para fazer o mundo melhor e como cada livro pode ajudar nisso?
Roberta e Ruth:
Para fazer um mundo melhor em que haja amor, paz, harmonia,
prosperidade e saúde para todos precisamos sair do discurso e passar à ação. Um
mundo melhor se constrói com pessoas que se fazem cada vez melhores a cada dia:
em casa, na relação com a família, na escola, no trabalho, no trânsito, no
supermercado, nas filas… Na vida.
Todos os seis livros da Coleção trazem essa mensagem, de
forma lúdica para alcançar o coração das crianças e jovens (e adultos também!).
3) Vocês gostam de ler? Sempre tiveram esse hábito ou
adquiriram com o tempo?
Roberta: sim, eu adoro ler e sempre tive esse hábito. Desde
criança gosto muito de ler historias, poesias e sempre fui incentivada a
fazê-lo.
Ruth: sim. Adquiri o hábito ainda criança.
4) Na opinião de vocês, qual e a importância da literatura
na vida das pessoas?
Roberta e Ruth:
A literatura estimula o imaginário das pessoas, as leva a
vivenciar situações diferentes e muitas vezes inusitadas e também a vivenciar
suas próprias questões através dos personagens. No caso das crianças, os livros
que tratam de valores e trazem mensagens positivas podem ajudá-las a viver de
forma mais saudável, fazendo escolhas melhores para suas próprias vidas. Ter o hábito da leitura em casa com os pais e a família cria memórias afetivas muito positivas e é na infância que criamos a base de nossas crenças e valores. Por isso a importância dos livros infantis: elas acompanham o cotidiano das crianças e influenciam suas vidas.
5) Sabemos que publicar livros no Brasil é bem difícil...Qual foi a maior dificuldade?
Roberta e Ruth:
Na verdade não acreditamos em dificuldades, e sim em desafios. Então o maior desafio foi acreditar que seria possível. No desenvolvimento de cada livro aprendemos muito e, acima de tudo, que é possível realizar aquilo que desejamos.
6) Quando estão escrevendo um livro partilham a história com alguém para se aconselharem, por exemplo um amigo ou familiar?
Roberta e Ruth:
Temos uma consultora, a psicóloga Márcia Regina de Avellar Fonseca. Conversamos com ela sobre os pressupostos do trabalho,a filosofia de vida que desejamos passar nos livros, conversamos a respeito das ilustrações, enfim ela acompanha todo o processo.
7) Vocês já se depararam com alguém lendo o livro escrito por vocês, por exemplo no shopping, lugar público, escola? qual a sensação?
Roberta e Ruth:
Já vimos pessoas lendo nossos livros em livraria. Além disso, pais, responsáveis, professores já vieram falar conosco sobre o nosso trabalho e como tem influenciado a vida das crianças com quem convivem. É muito gratificante saber dos resultados positivos do nosso trabalho, que foi desenvolvido com muito carinho e amor.
8) O que inspira vocês a escrever?
Roberta e Ruth:
A vontade de difundir informações que possam fazer a diferença na vida das pessoas para que elas encontrem dentro de si recursos para serem mais felizes e tornarem o mundo melhor.
9) Quando e como vocês viraram escritoras?
Roberta e Ruth:
Já escrevíamos antes de nos conhecer. Fomos apresentadas pela consultora da Coleção, a Márcia, e desde então formamos uma parceria em que uma completa o trabalho da outra.
Para finalizar gostaria de um resumo com perguntinhas rápidas
a) Qual o livro mais marcante que você já leu até hoje?
Roberta: Londe é um lugar que não existe, Richard Bach
Ruth: Pollyana, Eleanor H. Poter
b) Qual um escritor (a)/ poeta preferido?
Roberta: Antoine de Saint-Exupéry
Ruth: Louise Hay
c) Uma música que você traz na lembrança?
Roberta: Dia Branco, Geraldo Azevedo
Ruth: Um dia perfeito, Tato, Falamansa
d)Um (a)cantor (a)/ Banda que fez parte de sua história?
Roberta: Balão Mágico
Ruth: Foram muitos
e) Um filme que te faz refletir?
Roberta: Horton e o mundo dos Quem; Kung Fu Panda
Ruth: Monstros S.A.
f) Um frase que traduza você?
Roberta: Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos (Antoine de Saint-Exupéry)
Ruth: O segredo é não correr atrás dad borboletas...É cuidar do jardim para que elas venham até você (Mário Quintada)
g) Um sonho coletivo?
Roberta e Ruth: Um mundo melhor, com pessoas que se fazem melhores a cada dia.
5) Sabemos que publicar livros no Brasil é bem difícil...Qual foi a maior dificuldade?
Roberta e Ruth:
Na verdade não acreditamos em dificuldades, e sim em desafios. Então o maior desafio foi acreditar que seria possível. No desenvolvimento de cada livro aprendemos muito e, acima de tudo, que é possível realizar aquilo que desejamos.
6) Quando estão escrevendo um livro partilham a história com alguém para se aconselharem, por exemplo um amigo ou familiar?
Roberta e Ruth:
Temos uma consultora, a psicóloga Márcia Regina de Avellar Fonseca. Conversamos com ela sobre os pressupostos do trabalho,a filosofia de vida que desejamos passar nos livros, conversamos a respeito das ilustrações, enfim ela acompanha todo o processo.
7) Vocês já se depararam com alguém lendo o livro escrito por vocês, por exemplo no shopping, lugar público, escola? qual a sensação?
Roberta e Ruth:
Já vimos pessoas lendo nossos livros em livraria. Além disso, pais, responsáveis, professores já vieram falar conosco sobre o nosso trabalho e como tem influenciado a vida das crianças com quem convivem. É muito gratificante saber dos resultados positivos do nosso trabalho, que foi desenvolvido com muito carinho e amor.
8) O que inspira vocês a escrever?
Roberta e Ruth:
A vontade de difundir informações que possam fazer a diferença na vida das pessoas para que elas encontrem dentro de si recursos para serem mais felizes e tornarem o mundo melhor.
9) Quando e como vocês viraram escritoras?
Roberta e Ruth:
Já escrevíamos antes de nos conhecer. Fomos apresentadas pela consultora da Coleção, a Márcia, e desde então formamos uma parceria em que uma completa o trabalho da outra.
Para finalizar gostaria de um resumo com perguntinhas rápidas
a) Qual o livro mais marcante que você já leu até hoje?
Roberta: Londe é um lugar que não existe, Richard Bach
Ruth: Pollyana, Eleanor H. Poter
b) Qual um escritor (a)/ poeta preferido?
Roberta: Antoine de Saint-Exupéry
Ruth: Louise Hay
c) Uma música que você traz na lembrança?
Roberta: Dia Branco, Geraldo Azevedo
Ruth: Um dia perfeito, Tato, Falamansa
d)Um (a)cantor (a)/ Banda que fez parte de sua história?
Roberta: Balão Mágico
Ruth: Foram muitos
e) Um filme que te faz refletir?
Roberta: Horton e o mundo dos Quem; Kung Fu Panda
Ruth: Monstros S.A.
f) Um frase que traduza você?
Roberta: Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos (Antoine de Saint-Exupéry)
Ruth: O segredo é não correr atrás dad borboletas...É cuidar do jardim para que elas venham até você (Mário Quintada)
g) Um sonho coletivo?
Roberta e Ruth: Um mundo melhor, com pessoas que se fazem melhores a cada dia.
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