Cícero Lins de Moura
Dia a dia, a humanidade foi ficando viciada, desde a tenra idade, no mundo da criançada, no consumo de chiclete, essa bala emborrachada.
Os pais passavam aos filhos esse prazer desmedido, sem alertar as crianças, sobre o perigo embutido contra o meio-ambiente que foi ficando ferido.
Parques, “shopins”, e calçadas foram ficando manchados com patocas de borracha dos chicletes já chupados, que grudavam sob os pés dos descalços e calçados.
No assoalho do ônibus; Na poltrona do cinema; Na entrada da igreja; essa “pichação” dilema, a tudo segui manchando, e transformou-se em problema.
Tomadas de providencias sobre essa borracheira, nenhum governo tomava... e prosseguia a sujeira. Até, mesmo, nas escolas, sob o tampo da “carteira”.
Crianças mal educadas e adultos mal crescidos emborrachavam o mundo dos sub desenvolvidos, sem pensarem no futuro, onde estariam perdidos.
Em certo tempo, o castigo foi mandado das alturas, de um reinado distante, de mágicas criaturas que ficaram revoltadas com aquelas diabruras.
Uma chuva de chicletes foi caindo, de mansinho; lentamente aterrizando, tocando cada cantinho, deixando “chicletizado” tudo que era caminho.
Junto com a chuva, veio uma vontade incontida de pegar a guloseima daquela chuva caida, e todo mundo avançava, sem freio e sem medida.
E o sol foi derretendo a borracha mastigada, e o povo foi se envolvendo naquela coisa colada, como um visgo maldito; uma maldição mandada.
Crianças foram ficando com os dentes cariados; com diabetes; gastrite; com gases acumulados; com falta de apetite; cada vez mais, viciados.
Nas ruas e nas calçadas; em qualquer lugar estava aquela coisa peguenta que às pessoas pegava, que se agarrava ao sapato, derretia e se espalhava.
Foi aí que a humanidade, se sentiu tão perdida, apelou para o alto, d'onde a chuva caída transformou os viciados, numa gente arrependida.
O rei do mágico império fez o povo prometer que doravante iriam adotar um proceder, depois de mascar chiclete; como iria fazer...
...Enrolar a borrachinha, antes de jogar no lixo, num papelzinho que fosse... seria esse o capricho, pois uma gente educada não procede feito bicho.
E a Terra ficou limpa... E as crianças do futuro Não mais chupavam borracha; E, não mais pichavam muro. Isso vai acontecer Com as crianças...Eu juro!
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